Velocidade da luz

Três alunos do 9º ano criam um robô para calcular a velocidade da luz

Todas as semanas, por aproximadamente 8 meses, os alunos Frederico Bicalho, Léo Musa e Matias Carvalho, todos do 9º ano, reuniram-se após o período de aula em torno de um projeto: recriar um experimento clássico para medir a velocidade da luz. “O Matias participava das aulas de robótica e iniciação científica e chamou a mim e ao Léo para esse projeto. Eu esperava que as aulas tratassem de conceitos avançados, mas não imaginava que a gente iria realizar um experimento se baseando nesses conceitos”, conta Fred.

Durante os primeiros encontros, o professor Alex de Lima Barros, da oficina de robótica e tutor dos estudantes nessa iniciação científica, falou sobre a parte teórica do experimento. Depois, a jornada foi totalmente “mão na massa”. “Era bem diferente de uma aula normal. Na primeira parte, a do experimento da fenda, o Matias ficou mais nos cálculos e na programação e eu e o Fred focamos mais na estrutura da coisa toda. Na segunda parte, que consistia em coletar dados, todos trabalharam. Não tínhamos papéis específicos e, como o projeto foi longo, todo mundo acabou fazendo coisas diferentes ao longo do processo”, explica Leo Musa.

Matias contou que as dificuldades de participar de um experimento tão longo não estavam relacionadas à construção, à física, aos cálculos ou à programação e, sim, à capacidade de manter o foco e a energia para continuar. “Além da frustração ao longo do caminho, com as dezenas de erros que acabavam acontecendo, tinha dias em que não parecia ter nada pra fazer e outros em que não sabíamos como continuar.” Fred completa: “a gente não tinha pronto na cabeça o que teria que fazer para medir a velocidade da luz, que era nosso objetivo. Tivemos que pensar em métodos. Portanto, não houve apenas um forte trabalho nas construções do projeto, com destaque para o robô, mas também houve todo um trabalho intelectual do grupo para dar continuidade ao experimento.” Para o professor Alex, “os alunos formaram um grupo muito forte, produtivo e criativo. Enxergaram que a ciência é um processo em que se faz, refaz, as coisas não estão prontas e nós aprendemos com o erro”.

Mão na massa

O experimento utilizou os conceitos bem avançados, como Princípio de Huygens, fórmula da velocidade da luz, fenda única, constante de Planck e curva característica do LED. “O experimento clássico foi refeito sob outra ótica, afinal, no século 19 não havia computador, robô…”, destaca Alex. E foi justamente um robô que os alunos criaram para escanear, de forma muito precisa, a imagem que o experimento cria: um ponto de luz, seguido de pontinhos.

Robô que escaneia

No dia 12/12, os alunos se reuniram para apresentar para as famílias o resultado das tardes que passaram trabalhando no colégio. Além de Alex, estavam presentes no encontro Fábio Aidar, diretor geral do colégio e professor de Física, e Joana França, diretora do Fundamental 2. Todos ficaram encantados com a apresentação que Fred, Leo e Matias fizeram. Ana Paula Musa, uma das mães presentes, foi direta: “Eu fui uma péssima aluna de Física, mas entendi toda a explicação dos meninos, o que mostra que eles explicaram muito bem!”

Se você quiser saber mais sobre o experimento, é só clicar no link abaixo:

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