Time de robótica do Santa é medalhista e avança para etapa nacional

Alunos construíram robôs que superaram obstáculos na OBR

Dia 7 de agosto, duas equipes do Colégio Santa Cruz ganharam medalhas, passando da fase regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Eles participaram da segunda fase, a estadual, três semanas depois (27/09). Nessa etapa um dos times avançou para a nacional, que acontecerá entre 17 e 22 de outubro. Nós, da equipe de reportagem Falaí!, tivemos a oportunidade de fazer uma coletiva de imprensa com eles no dia 18, uma semana e meia após a primeira competição, a regional.

A sigla OBR vem do nome do campeonato, que é Olimpíada Brasileira de Robótica. Ela tem duas modalidades: a prática e a teórica. A prática é a parte em que os robôs são colocados à prova em três pistas com curvas, obstáculos e rampas. Já na teórica, provas escritas são aplicadas aos competidores. A OBR foi criada em 2007 e é considerada a maior competição de robótica da América Latina. Os vencedores se classificam para a RoboCup, a maior do mundo. Em sua página, a OBR afirma que tem como objetivo “estimular jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar jovens talentosos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro”.

Quando perguntamos à equipe do Santa sobre os robôs, tivemos uma resposta interessante. Os robôs tinham nomes. O robô do time do Fundamental 2 que fizemos a coletiva de imprensa é chamado “Alberto Speed” e o do Ensino Médio era chamado de “Jussauron”. A história desse nome era bem interessante, ele vinha de uma fusão do nome Jussara e Sauron, nomes dos dois robôs usados antes, que foram desmontados para montar o usado na competição. Sauron vinha do personagem de “Senhor dos Anéis” e Jussara da marca de leite, porque a embalagem era usada como obstáculo para treinar o robô.

As principais partes do robô 

Sentimentos da competição

Como já mencionado, eles ganharam a primeira fase da competição, mesmo tendo apenas uma semana aproximadamente para montar o robô. Por isso tiveram muita pressão e tiveram de se esforçar. 

O time nos contou que durante o período de montagem eles sentiam que a competição ia ser difícil. E apesar de todo este estresse e tensão, ver o resultado de todo seus esforços e ver o robô cumprindo seus objetivos foi de fato um sentimento satisfatório, gratificante e de orgulho deles mesmos. O sentimento de ter sucesso após muito tempo e dedicação, e de ver o robô alcançando suas expectativas era simplesmente incrível. Durante a competição também tinha muita animação, assim como muitos de vocês, leitores, já devem ter sentido ao participar de uma competição. Um dos integrantes do time descreve seu sentimento durante as aulas de robótica, dizendo que “a aula de robótica é um dos meus melhores momentos na escola”.

Outra percepção expressada foi a falta de representação das mulheres. Havia poucas meninas participando do campeonato, especialmente da parte do Ensino Médio. A Sofia, que faz parte do time de robótica, nos relata sobre quando ela estava no campeonato e havia uma mulher coordenando o espaço e cuidando dos robôs, o que foi importante pra ela, ter uma figura feminina, uma representatividade. Apesar da baixa proporção de mulheres e meninas na olimpíada, o time do Santa é conduzido pela educadora Bella Nunes.

Agora, a equipe do Fundamental 2, composta por Fernando Sadao, Eduardo Mascarenhas, Tiago Bianchi e pela treinadora Bella segue, em outubro, para a etapa nacional.

A equipe Falaí! é composta pelos repórteres: Caio Mussio Tavollassi (6°), Clarissa Vilela Novaes Gomes (7°), Enrico Amado Abrahão (7°), Felipe Melhado Yassuda (8°), Fernando Vasconcellos Guedes (8°), Gabriel Theodoro Mota Mourão (6°), Guilherme Bayeux Guedes Nunes (6°), Helena Bonaccorso Lamego (6°), Henrique De Pina Ribeiro (7°), Mariana Andreoli (7°), Mario Pirozzi Paes De Barros (6°), Miguel Murakami Romero (7°), Natalie Emi Tiba (7°), Rafael Dellamea (6°), Theo Pomárico de Paula Souza (6°).
Editores: Raphael Gonçalves e Tatiana Luz.