“Palavra falada e palavra escrita: literatura indígena brasileira”

Disponibilizamos o vídeo do encontro de formação sobre a literatura indígena

Assista ao vídeo com a íntegra do encontro de formação sobre literatura indígena e leia o relato de Bia Ruffino, técnica em biblioteconomia da biblioteca Pe. Charbonneau:

“O palco do teatro do Colégio Santa Cruz teve a honra de receber a antropóloga Betty Mindlin e o escritor tapuia Kaká Werá, ambos renomados por sua contribuição na promoção da literatura oral indígena através da escrita. Durante o evento, os convidados discutiram as parcerias entre indígenas e não-indígenas na criação literária, questionaram a limitação do termo “literatura” apenas para a forma escrita e compartilharam visões de mundo de diversas comunidades indígenas.

Compartilhando um vasto conhecimento multidisciplinar, Kaká e Betty nos brindaram com uma valiosa lição sobre o papel da literatura indígena na preservação e difusão do mundo imaterial das culturas dos povos originários. Isso é especialmente significativo, considerando que, por muitos séculos, essas culturas foram invadidas, estereotipadas e marginalizadas pelo projeto colonizador.”

Nossos convidados:

Kaká Werá é líder indígena, escritor e educador. Pertence ao povo Tapuia e é reconhecido internacionalmente por seu trabalho na promoção da cultura indígena e na preservação da natureza. Fundou o Instituto Arapoty, dedicado à promoção dos saberes indígenas e à educação para a sustentabilidade. É autor de vários livros, incluindo “A Terra dos Mil Povos”, considerado um dos 200 livros mais importantes para compreender o Brasil, “UGA” e o premiado “Menino-Trovão”.   

Betty Mindlin é doutora em Antropologia pela PUC-SP. Desde 1978, atua como aliada e ouvinte de povos indígenas brasileiros, em projetos de apoio e pesquisa. É autora de Diários da florestaCrônicas despidas e vestidas, Nós Paiter, entre outros.  Organizou com autores orais indígenas os livros Tuparis e tarupás, dos Tupari, Couro dos espíritos, dos Ikolen, Vozes da origem, dos Paiter Suruí, Moqueca de maridos e Terra grávida, dos povos das Terras Indígenas Rio Branco e Guaporé, e coletâneas como O primeiro homem e Mitos indígenas.  Seu livro mais recente é Alma de atriz, ficção que liga a condição indígena e o universo judaico. 

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