ARTENATUREZA

O trabalho de pós-campo dos alunos que foram para o Lagamar uniu as disciplinas de Artes Visuais e Literatura em uma sala-instalação localizada na biblioteca

Na viagem de Estudo do Meio para o Lagamar, estimulados pelos sons, cheiros, formas, linhas, cores e texturas presentes na praia da Ilha do Cardoso, os alunos e alunas do 7º ano foram convidados a realizar uma obra de arte coletiva efêmera com elementos naturais, como folhas, galhos, pedras, conchas e sementes encontradas no local. Essa composição é fruto de discussões nas aulas de Artes Visuais, do professor Rodrigo Guimarães, que surgiram a partir de apreciações coletivas de obras do artista e ambientalista britânico Andy Goldsworthy, e Língua Portuguesa, das professoras Maria Cecília Orlandi e Natália Zuccala, sobre o tema “Homem e Natureza”, nas quais refletiu-se sobre as intervenções do ser humano no meio ambiente e suas consequências. Durante a produção deste trabalho, os estudantes também registraram em vídeo e foto seu processo de construção e desconstrução das representações e intervenções no espaço natural. Na volta da viagem, na aula de Língua Portuguesa, escreveram um poema relacionado ao conceito de sua obra e trabalharam com os registros visuais para compor um videopoema, uma forma de arte transdisciplinar que uniu a linguagem artística e a linguagem literária.
O fruto desse estudo pode ser apreciado na sala-instalação montada na biblioteca.

A seguir, compartilhamos o depoimento de alguns alunos:

O que aprendi na viagem ao Lagamar

Que é possível preservar o ambiente mesmo que os homens também extraiam coisas dele” (Manuela Yumi Hashimoto Gallego Colina)

“As comunidades tradicionais do Lagamar possuem muito saber que não poderíamos aprender em sala de aula, como a cultura e a maneira de se relacionar com a natureza. A partir daí pudemos olhar para nossas vidas de uma maneira mais crítica. (Gabriela Stein)

Eu aprendi a ter uma visão positiva sobre esses povos e a considerar  esses desafios da comunidade antes de falar ou fazer algo”. (Frederico Rosenburg Mendonça de Barros)

“O que eu mais aprendi é que às vezes tecnologia, o consumo de coisas não são melhores do que pertencer a uma comunidade, pois lá todos se ajudam e fazem o trabalho que ainda é eco-sustentável” (Guilherme Izzo)

Que o conhecimento deles que não é acadêmico, mas existe muita sabedoria na relação que eles possuem com a natureza e no estilo de vida tão sustentável”. (Theo Blikstad Marino)

“Eu aprendi realmente o valor que há em existir estas comunidades e que, quando vamos conservar o natural, devemos pensar nos humanos presentes, devemos enxergá-los como uma parte essencial para o meio ambiente e até para as cidades como a nossa.” (Cecília Soldi)

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