Dando voz e visibilidade às pessoas em situação de refúgio

Conheça o percurso realizado pelos alunos inscritos na disciplina eletiva de Inglês “Refugees: life stories

Inglês é a língua adicional obrigatória na 1ª série do Ensino Médio, estruturada em temas de interesse que ampliam os conhecimentos sobre os diversos gêneros que circulam no meio social e aperfeiçoam as competências linguísticas e as habilidades de leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva. Um dos temas que mais mobiliza os alunos trata das pessoas em situação de refúgio, “Refugees: life stories“.

O objetivo do curso é compreender como sujeitos refugiados se posicionam em relação ao exílio e ao país em que estão exilados, a partir da análise de suas histórias de vida. Entre outras questões, os alunos são levados a refletir sobre o que faz uma pessoa sair de seu país e pedir refúgio em outro, o que caracteriza uma pessoa em situação de refúgio e quais seus direitos e deveres.

Como parte do percurso, os alunos participaram de um evento no teatro, em que se tratou da condição dos refugiados, seus direitos e o trabalho de organizações de apoio em São Paulo. Um dos convidados foi o Padre Paolo Parise, coordenador da Missão Paz, em São Paulo, uma das mais antigas instituições no país a receber imigrantes e refugiados de todo o mundo. Vale dizer que o colégio já faz parceria com a Missão Paz em uma das Ações Sociais oferecidas aos estudantes do Ensino Médio (assista ao vídeo).

Os alunos também tiveram a oportunidade de ouvir a antropóloga Anelise Fróes, pós-doutoranda no LABÔ – Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da PUC-SP – e coordenadora do Projeto “Estudos da Diáspora – Racismo e Antissemitismo”. Anelise trouxe informações relacionadas aos direitos humanos, não só de refugiados e imigrantes, mas de todas as minorias. Já Luciana Capobianco, da ONG Estou Refugiado, que tem como foco a inserção de refugiados no mercado de trabalho, tratou bastante do preconceito que essas pessoas enfrentam em nosso país. Ela foi responsável por trazer para a conversa as afegãs Zahra Karimi e Sadiqa Darya, o nigeriano Halifax, a ucraniana Natalia Moroz e seu filho Max, de 15 anos. Anteriormente, em aula, os estudantes foram sensibilizados para fazer as perguntas de forma delicada e orientados sobre conteúdos que não deveriam ser abordados.

“Com certeza, a experiência de ouvir a história dessas pessoas marcará nossos alunos para sempre e eles passarão a enxergar a questão do refúgio com outros olhos”, diz a professora de Inglês Eliane Pinotti Borguetti. A própria vida da Eli também se transformou. A partir do contato com a ONG Estou Refugiado, ela passou a dar aulas de Português, de forma voluntária, para pessoas em situação de refúgio.

Para a alegria de alunos e educadores da escola, fez parte do estudo um concerto didático com alguns músicos da Orquestra Mundana Refugi. Eles cantaram em árabe, ladino, língala, suáli, purépecha e português. Formada por músicos brasileiros, imigrantes e refugiados de diversas partes do mundo, a Orquestra Mundana Refugi apresenta, sob a direção musical de Carlinhos Antunes, temas tradicionais da Palestina, Irã, Guiné, Congo e Brasil. Em junho, com formação completa, eles farão uma apresentação no teatro do colégio.

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