Aula in loco

Alunos da 2ª série do Ensino Médio visitam a obra do novo campus Orobó

Um terreno de 3 mil metros quadrados, na rua Orobó, abrigará as turmas do G1 ao G4 da Educação Infantil a partir de 2025. As obras estão a todo o vapor e o canteiro virou local de estudo para a turma da 2ª série do Ensino Médio que cursa a eletiva disciplinar “Máquinas e motores em ação”. Ministrada pelos professores de Física Monaliza Fonseca e Fábio Aidar, Diretor Geral do colégio, a eletiva investiga a ciência e a tecnologia de máquinas e motores e os processos de captação e transformação de energia.

Antes da visita, os alunos tiveram informações gerais sobre a obra com a Arquiteta Ana Lora e com o Engenheiro Guilherme Taunay, coordenador do campus e engenheiro responsável pela obra. Ele deu muitas informações sobre o novo prédio, que ao todo terá 3400 metros quadrados construídos. Um grande diferencial é o uso da madeira engenheirada na estrutura, material inovador e sustentável, obtido por meio de colagem de lâminas de madeira com adesivo de alta pressão. É a partir do eucalipto que as toras de madeira engenheirada são fabricadas, podendo, unidas, chegar a vigas com 20 metros de altura.

O uso de madeira engenheirada é considerado um método sustentável que utiliza madeira de reflorestamento que absorve CO2 da atmosfera, o grande vilão do efeito estufa. Além disso, como se trata de um material pré-fabricado que já chega na obra pronto para ser usado, sua eficiência é maior e a produção de resíduos é menor, o que Ana chamou de “obra seca”. Guilherme também contou que a madeira engenheirada é mais leve que o concreto e o aço e reduz o tempo da obra e o consumo de energia.

Ainda em sala de aula, os alunos da eletiva ouviram a diretora da Educação Infantil Beatriz Gouveia e a orientadora educacional Vanessa Ferraresi. Elas contaram como a equipe vem pesquisando as melhores práticas no Brasil e no mundo para receber crianças na primeiríssima infância. Tudo isso pode ser visto no projeto do campus Orobó, desde a construção, que prevê uma praça central para onde todas as salas se voltam, até o mobiliário, pensado para o tamanho dos pequenos e para desenvolver sua autonomia e independência. Segundo Vanessa, as crianças se relacionam com o mundo por meio de uma atitude investigativa, por isso, o projeto paisagístico também estará a serviço do pedagógico: árvores frutíferas mostrarão a passagem do tempo e a sazonalidade e os jardins atrairão pequenos insetos como borboletas e abelhas sem ferrão.

No novo campus, as salas são voltadas para uma praça central

No canteiro

Os alunos ouviram tudo com interesse e puderam fazer perguntas até a hora mais aguardada: a visita à obra. Antes da saída, todos pegaram capacetes, equipamento de segurança indispensável para entrar no canteiro e ouviram as recomendações do professor Fábio: prestar atenção em como o sol incide no terreno, nos ruídos que vem da marginal Pinheiros…

O trajeto de 300 metros que separa os dois campi foi feito em uma caminhada de 5 minutos. Chegando ao local, os alunos puderam ver que a fundação da obra, que é subterrânea, já está pronta, e que agora estão construindo o andar térreo com a madeira engenheirada. É como montar lego: um guindaste de menor porte, chamado de “girafinha”, por ser amarelo e ter um braço que lembra o pescoço do animal, vai levantando as vigas que são encaixadas umas às outras. Essa metodologia, que impressionou bastante todos os presentes, vai fazer com que rapidamente a estrutura do prédio fique pronta. Agora, a ideia é fazer outra visita, no segundo semestre, para acompanhar a evolução da obra.



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