Um início acolhedor

Conheça algumas ações pensadas para o processo de acolhimento das crianças da Educação Infantil

Engana-se quem pensa que o período de acolhimento das crianças na escola começa no início das aulas. “Esse tema faz parte das reflexões de professores, coordenadoras e orientadoras desde que recebemos a lista dos alunos matriculados. Antes de termos as crianças aqui presencialmente, nos dedicamos a pensar espaços e propostas que promovam um bom encontro entre elas e adultos”, explica Vanessa Ferraresi, orientadora educacional. O cuidado vale para as turmas do G3 ao 1º ano do Ensino Fundamental 1 (mas ainda sob direção da Educação Infantil aqui no colégio). “Mesmo para as crianças que já são nossas alunas, tem um período de adaptação em relação ao ano anterior, seja por conta da mudança de horários, de professores ou de colegas”, continua Vanessa.

Já as crianças de G3 e G4 estão chegando a uma escola nova e algumas estão frequentando esse espaço pela primeira vez. “Para as séries ingressantes, organizamos os horários em progressão: nos três primeiros dias, dividimos o grupo de cada classe em dois (A e B) para possibilitar que adultos e crianças se conheçam melhor, tenham turnos maior de interação e comecem a tecer o vínculo que será crucial para ambos. Durante esse período, as crianças ficam 2 horas na escola, partilham o espaço, conhecem os colegas e lancham. Entendemos que o lanche é um momento de congregação, de compartilhar, de se reconhecer como participante de um grupo. A partir do quarto dia, os grupos se juntam e as crianças ficam por 4 horas, até chegar ao quinto dia, quando ficam o período inteiro”, conta a orientadora.

Recebendo a primeira turma de G3

Neste ano, como parte da ampliação da Educação Infantil, o colégio recebeu duas turmas de G3. “Desde outubro do ano passado, me reúno com a equipe de professores para pensar no currículo e no mobiliário mais alinhado ao nosso projeto e à faixa etária, mas também nas ações de recepção das crianças mais novas da escola”, diz Vanessa.

Todos os anos, durante o acolhimento, as famílias ficam por um tempo na escola. A orientadora queria que durante esse período elas pudessem fazer algo que simbolizasse a “entrega” das crianças para o colégio. Vanessa procurou Dinorah Reinach e Lígia Imaguire, da Oficina Tecido e Ideias, e compartilhou o desejo de que as famílias produzissem almofadas para deixar para as crianças ao final da primeira semana de aula. Dinorah e Lígia produziram capas para almofadas, em diferentes formatos, que as famílias escolhiam e eram convidadas a customizar com desenhos e bordados. “Durante três dias, enquanto as famílias participavam da adaptação, a equipe da oficina de costura estava a postos para ajudar e tirar dúvidas. Foi muito bonito ver mães e pais reunidos, costurando, desenhando e bordando, mas também se conhecendo, trocando informações, tecendo uma conversa e criando laços”, conta Vanessa.

Na sexta, dia 2 de fevereiro, as famílias entregaram as almofadas a seus filhos. “Agora, esse objeto único e afetivo está na sala de aula e é utilizado pelas crianças nos momentos de histórias e descanso. Volta e meia vejo uma criança abraçada à almofada que foi personalizada para ela por sua família e percebo como essa ação de acolhimento foi significativa”, comemora Vanessa.

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