Tecnologia a serviço da educação

Alunas do Clube de Tecnologia e Ciências para Garotas desenvolvem jogos educativos para os alunos da EJA

Nas aulas da oficina Girls TeC, Atividade Complementar oferecida às alunas do Ensino Fundamental 2, nossas alunas exploram o universo STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e a cultura Maker. “Ao iniciarmos o módulo de Design, exploramos diferentes tipos de recursos de edição como o Adobe Illustrator, o Canva e o Vectr. Nosso objetivo era desenhar e criar usando a impressora comum, a impressora 3D e a cortadora a laser. Depois de as alunas criarem objetos simples como brincos, chaveiros e broches, tivemos a ideia de desenvolver jogos pedagógicos utilizando os recursos que as estudantes estavam aprendendo a usar. Ao pensarmos no público a quem esses jogos seriam destinados, escolhemos as turmas de alfabetização da EJA”, conta a professora Marina Matera Sanches.

No começo do processo, as estudantes utilizaram os passos do Design Thinking para fazer o planejamento. Também listaram o que sabiam sobre os alunos da EJA e o que gostariam de saber. Depois, participaram de uma aula nos Cursos Noturnos para investigar o que os alunos estavam aprendendo e de que jogos mais gostavam. Também foi o momento de perguntar por que haviam parado de estudar e depois decidiram voltar pra escola. “Foi um momento de integração, onde as meninas conheceram pessoas com vivências muito diferentes das delas”, explica Marina.

Na sequência, enviaram uma série de perguntas para a professora da fase 2 da EJA Maria Lygia de Carvalho Motta para saber que conteúdos os alunos estavam estudando. Lygia contou que estavam estudando palavras de origem indígena, regiões do Brasil, corpo humano, adição e subtração. Ela também orientou as estudantes a utilizar textos em caixa alta, já que os alunos estavam em processo de alfabetização.

Com as informações em mãos, as “girls tec” pesquisaram sobre jogos voltados para alfabetização e pensaram em estratégias para adaptá-los para o público adulto, já que todos os jogos encontrados eram voltados para o público infantil. Depois de decidirem quais jogos criar, testaram ferramentas de design para encontrar a mais adequada. “Os jogos de cartas e tabuleiros foram feitos no Canva, o dominó, cortado a laser, e os pinos do jogo de tabuleiro, impressos na 3D, foram feitos no Illustrator e no Sketchup, respectivamente”, explica Marina.

De protótipo em protótipo, e seguindo algumas sugestões pontuais da professora Lygia, as meninas chegaram à versão final dos jogos e puderam apresentar as criações com os alunos da EJA. “Elas ficaram muito felizes com a atividade e gostaram de ver como os jogos criados eram divertidos e funcionaram bem na proposta de contribuir para a aprendizagem dos alunos da EJA”, comemora Marina.

Todos os jogos criados serão destinados à equipe de alfabetização para que possam ser usados com as próximas turmas.

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