A capacidade de alargar os limites

A nadadora e escritora Ana Mesquita falou sobre a experiência de atravessar o Canal da Mancha

No dia 29 de setembro, a edição das Noites Literárias foi dedicada à narrativa de Ana Mesquita sobre a sua travessia do Canal da Mancha em 1993, ocasião em que bateu o recorde brasileiro e o recorde feminino latino-americano, com a marca de 9h e 40 min. Essa experiência está registrada no livro “A travessura do Canal da Mancha”, relançado neste ano.

De forma envolvente, a palestrante contou sobre a importância da natação na sua vida desde a infância e relatou as principais dificuldades no desafio a que se propôs, como o medo da hipotermia durante a travessia. Para se sentir segura, foi fundamental a confiança na sua equipe, especialmente em Claudio Plit, grande nome da natação em águas abertas. Ana destacou que ele a acompanhou durante toda a travessia, sem desviar a atenção de seus movimentos.

“Eu costumo dizer que, se você atravessa o Canal da Mancha, você fica manchada para sempre”, disse Ana, referindo-se ao fato de que, em todos os lugares a que vai, é questionada sobre o feito. É comum as pessoas se espantarem com a façanha e com a capacidade da atleta de  conhecer seus limites e enfrentar seus medos. Sobre isso, Ana comentou: “Eu sempre digo que devemos alargar os nossos limites, e não superá-los, como se fala”.

Assista ao encontro.

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