Suando a camisa desde…

1967? 1968? Ou será 1971?? Ninguém consegue precisar a data da primeira Fufei (futebol e feijoada), mas o fato é que o campeonato de futebol masculino e feminino do Ensino Médio faz parte do calendário do Colégio há muitos anos. “Quando eu entrei no Santa, em 1976, o torneio já existia. Depois, ficou alguns anos suspenso até que eu e o professor Fábio, na época vice-diretor do Ensino Médio, o reeditamos”, lembra Kazuo Shiramizo, professor de Educação Física.

No princípio, o campeonato era disputado apenas pelos meninos. Os alunos se inscreviam individualmente e poucos times se formavam. Os jogos aconteciam durante o segundo semestre. Era tradição a disputa entre o time de professores e funcionários e o de alunos. “Uma vez, chovia a cântaros, o campo estava encharcado e o time dos professores sugeriu adiar a partida. Os alunos não quiseram, levamos o jogo adiante e ganhamos de levada”, conta Flávio Facca, que entrou no Colégio em 1963, como professor de Educação Física e saiu em 2012, quando ocupava o cargo de vice-diretor.

E a feijoada, como entrou nessa história? Puxando pela memória, o professor Facca lembra que um dos campeonatos estava em curso quando organizou-se uma ida a um restaurante alemão, em Moema, para comemorar a final. O prato servido foi uma feijoada e, como prêmio, a equipe campeã não pagou a conta. “Depois, uma funcionária do Colégio assumiu o preparo da comida. Hoje, contamos com a parceria do SAN e a Feijoada da Primavera, que ganhou caráter beneficente, está em sua 36ª edição”, explica Kazuo.

Não foi só água no feijão que tiveram que colocar: se no princípio a Fufei tinha 5, 6 times masculinos, atualmente o campeonato mobiliza quase todo o Ensino Médio. A organização é compartilhada pelo Departamento de Educação Física e por Cris Sucupira, Coordenadora da 3ª série. As inscrições começam ainda em fevereiro e são inúmeras rodadas até a grande final, que sempre acontece na manhã da Feijoada da Primavera. Nesta edição, participam aproximadamente 500 alunos, divididos entre 16 times masculinos (futebol de campo) e 18 femininos (society). “Quase chegando ao fim, o campeonato está emocionante. O feminino, este ano, está muito disputado”, celebra Kazuo.

Para além da diversão, a Fufei sempre teve como objetivos valorizar o esporte, estimular o gosto pela atividade física e promover o respeito ente todos os participantes. “O ambiente sempre foi amistoso. Mesmo quando havia uma jogada mais dura, que gerava discussão, a coisa não evoluía para briga”, reforça Facca.

Kazuo observa que os alunos do Fundamental 2 já ficam de olho na Fufei. “Muitos, quando chegam ao Ensino Médio, já conhecem os times, querem entrar para o mesmo em que o avô, pai ou irmão jogou. É bom saber que o campeonato exige mais do que habilidade com a bola: os alunos são os responsáveis por formar os times, correr atrás de patrocínio, fazer os uniformes e até álbum de figurinhas.”

É fato que a Fufei marca todos que dela participam. Arcílio Tavares, que foi professor de Educação Física do Colégio de 1972 a 2000, conta que ainda hoje encontra com ex-alunos e todos se lembram com muito carinho do campeonato. “Eu fazia parte do time dos professores. Mas, durante os jogos, éramos todos iguais. Sempre foi um momento de confraternização”, rememora, saudoso, o ex-funcionário. Kazuo completa dizendo que “as amizades que se formam durante o campeonato permanecem. Vemos isso na festa do ExPortes, quando muitos veteranos jogam em times com o mesmo nome que usavam na Fufei.”

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