De Hélio Bicudo para Charbonneau

Agosto de 1970. No auge da ditadura militar, Hélio Bicudo, então procurador da Justiça, escreveu uma carta para ser aberta caso ele fosse morto. Bicudo investigava, na época, crimes da ditadura, especialmente os cometidos pelo grupo Esquadrão da Morte.

Após receber ameaças de um membro do bando e sem contar com o apoio governamental, Bicudo resolveu escrever a carta registrando o que estava ocorrendo. Entregou cópias da carta a amigos de confiança, entre os quais estava o Padre Charbonneau, idealizador do projeto educacional do Colégio Santa Cruz.

A carta ficou guardada, lacrada, até 2014, quando o diretor Fábio Luiz Marinho Aidar designou o Padre José de Almeida Prado para abri-la. Na ocasião, Bicudo autorizou a divulgação da carta em evento de 50 anos da ditadura na escola.

Agosto de 2018.  Após a morte de Hélio Bicudo em julho, e com a autorização de seu filho, o Colégio encaminhou a carta ao jornal Folha de S. Paulo, que ontem publicou uma reportagem sobre o assunto. Clique aqui para ler a matéria.

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