Bola dentro

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Tênis no Colégio Santa Cruz completa 10 anos e atrai cada vez mais os alunos

Tudo começou em fevereiro de 2015, com aulas de tênis oferecidas para crianças do Fundamental 1, como atividade complementar no contraturno, no Pátio Goiaba. Logo se percebeu que era necessário dar continuidade àquele grupo e que havia muitos outros interessados. Assim, no semestre seguinte, foram construídas quadras no campus Butantã. De início, duas oficiais e duas mínis. Um pouco depois, mais uma oficial. Com essa estrutura, aulas passaram a ser realizadas  em ambas as unidades.

Hoje, são 142 alunos do Santa Cruz que praticam o esporte nos campi do colégio. Essa oferta é inovadora no âmbito de escolas, pois os treinos de tênis acontecem predominantemente em clubes e academias.

A ideia de trazer essa atividade para o ambiente escolar nasceu quando Marcelo Rogozinski, diretor financeiro do colégio e praticante do esporte, conheceu a metodologia de trabalho de Ludgero Braga Neto. Essa metodologia, que tem base em experiências australianas e norte-americanas, foi adaptada à realidade brasileira para promover a iniciação ao tênis e acompanhar os alunos na sua evolução.  Assim, no colégio, os alunos são divididos por categorias: Bola vermelha; Bola laranja; Bola verde; Equipe pré-competitiva; Equipe competitiva. Mas essa divisão não tem como critério básico a idade. Uma criança mais velha que nunca jogou tênis encontra lugar em um nível de iniciante.  “O esporte escolar pressupõe a inclusão e o nosso diferencial é permitir que alunos de todas as idades pratiquem tênis. Trata-se de um esporte que tem a peculiaridade de que os praticantes, geralmente, começam a jogar desde cedo, por isso alguns adolescentes não encontram, com facilidade, oportunidade para começar a aprender em clubes”, afirma Ludgero, professor e coordenador da equipe de treinadores.

Na sua pesquisa de doutorado, Ludgero estudou como os princípios de biomecânica podem ser incorporados à prática de tênis. Sua tese, intitulada “Características dinâmicas e eletromiográficas do forehand e backhand em tenistas: uma perspectiva biomecânica para avaliar o desempenho”, recebeu o selo DNA-USP, concedido quando as pesquisas acadêmicas têm efetiva aplicação prática.

O Santa Cruz e o tênis

O crescimento do interesse dos alunos pelo esporte motivou Ludgero a organizar, no ano passado, o Primeiro Torneio Interno de Tênis do Colégio Santa Cruz. A competição foi um sucesso, com 84 inscritos, reunindo alunos das oficinas de tênis do colégio e demais estudantes que praticam a modalidade em outros lugares. A participação expressiva impulsionou a organização da segunda edição, que será realizada no primeiro semestre deste ano. “Desta vez, teremos mais categorias”, afirma o professor.

Além dessa competição, Ludgero também organiza anualmente um torneio entre os jogadores do campus Butantã, que incluem alunos de outros lugares. “Nas categorias mais avançadas, permitimos a entrada de pessoas de fora, pois, assim, há uma troca muito rica, importante para o desenvolvimento de todos”, explica Marcelo.

Por fim, cabe lembrar que o tênis, tradicionalmente, fascina a direção do Santa Cruz. Padre Corbeil, fundador do colégio, apreciava o esporte e, nas décadas de 1970 e 1980, era comum ver Pe. Charbonneau jogando nas duas quadras que existiam na escola. Esse entusiasmo pelo tênis permanece atualmente com Fábio Aidar, diretor geral, que pratica o esporte com regularidade e é grande apoiador desse projeto.

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