Somos todos migrantes

Há alguns anos, o Colégio desenvolve um trabalho de aprimoramento de comunicação oral e escrita com os funcionários. Nos dias 11 e 13 de outubro, uma turma de inspetores de alunos visitou o Museu da Imigração. O objetivo era oferecer ao grupo uma experiência cultural e fazer dela material de trabalho para o Laboratório de Escrita, aula que aconteceu logo na sequência. “Para além da questão técnica de escrever e se comunicar melhor, queremos que os funcionários tenham a oportunidade de se desenvolver tanto culturalmente quanto pessoalmente”, explica Carolina Ribeiro, da área de recursos humanos da escola.

Como preparação para a atividade, os funcionários foram convidados a redigir um texto resgatando as próprias histórias de migração de suas famílias. Quem quisesse também poderia compartilhar oralmente o seu percurso com os colegas e trazer fotos, cartas, cartões-postais ou objetos que ilustrassem a trajetória de seus antepassados. Houve quem se empolgasse e preparasse até uma apresentação em PowerPoint!

A programação começou cedo, com um café de boas-vindas. Depois, todos se dirigiram de metrô ao museu, que fica no bairro da Mooca, acompanhados pelo professor de literatura Fábio Simonini. “Achei a visita muito interessante, o lugar é lindo”, conta Maria José Iversen, inspetora de alunos do Colégio há 19 anos. “Sou descendente de alemães e fiquei muito emocionada ao descobrir os desafios pelos quais meus bisavós passaram quando aqui chegaram, para uma vida nova”, completa Maria José, ela mesma uma migrante, já que nasceu em Limeira e veio para São Paulo em busca de oportunidades.

“No Museu, todos perceberam que são migrantes. Aliás, o ser humano é, nossa origem está na África, sempre nos deslocamos”, explicava Simonini enquanto conduzia o laboratório de escrita, a segunda parte do trabalho, já na biblioteca do Colégio, quando os presentes foram convidados a produzir um relato de experiência de vida, com base nas pesquisas prévias e na visita ao museu.

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